Gravando Segunda Voz.


São Paulo, 26 de Maio de 2010.














Inacreditavelmente e muito tristemente perdemos outra cachorrinha ontem.
A Emília. Ela era a mãe de outros 5... dos nossos cães. Eita semana difícil!!!
Mas o dia no estúdio foi tranquilo. Foi o primeiro dia gravando segunda voz.
É tããão divertido!!!!!!!!!! É de deixar nosso ouvido doidinho hahaha mas é ótimo para treiná-lo também.
Também gravamos vídeo para o making of do CD neste dia. Estúdio lotado... todo mundo curtindo o trabalho, foi uma delícia mais uma vez.
Este é, definitivamente, o trabalho que mais amo.

- Manu.


As... "lentinhas"!

São Paulo, 20 de Maio de 2010.

O dia anterior foi tão sensível que eu estava com medo de entrar no estúdio de novo e ficar chorando de emoção hahaahah. Mas a verdade é que tive uma ótima noite de sono e renovei todas as minhas forças.
Acredito que nada acontece "por acaso" mas... até agora não entendi porque acabamos tendo que gravar as músicas que mais me emocionam no mesmo dia.
A Lorena é o mais novo membro da minha família. Uma vira-lata que acabou de fazer 1 aninho =) Ela é a coisa mais querida do mundoooo, mora no meu quarto! Resolvi levá-la comigo... para ter mais força pra gravar!!! Foi tão engraçado ela lá no estúdio hahahaha.
Gravei duas músicas neste dia. "Meu Menino" e "Mandy"!
Toda a minha banda e equipe estavam lá neste dia. Todo mundo junto... se ajudando... trazendo boas energias para que o resultado final fosse o melhor! Claro que deu certo.
Escrevi "Meu Menino" para o meu irmão. Hoje ele tem 13 anos. Ele é um puta menino legal... foi realmente um reencontro de almas ter ele na minha vida! Ele é tão especial, que fica impossível colocar em palavras. Somos bem parecidos. Ele tem a mesma determinação que eu, personalidade forte! Mas ele é um doce e fácil de lidar. Tem uma alma tranquila e é isso que ele transmite... a mais pura tranquilidade. Quando tenho uma tarde de folga... adoramos ficar em frente a TV jogando vídeo game... e é óbvio que ele SEMPRE ganha né? hahaha
"Mandy" foi uma música difícil para compor, para escrever, para fazer os arranjos e para gravar.
A Mandy é minha prima. O céu esteve em festa no dia em que ela se foi. Há menos de 2 anos. Ainda dói, ainda é muito recente. E ainda existem os momentos de não acreditar que isso aconteceu. As vezes, ao acordar, penso em ligar para ela... e aí me lembro que isso não é mais possível e meu coração fica apertado de tanta saudade. Eu tenho certeza que ela está bem, que ela está num lugar mágico e muito feliz! Mais tudo aconteceu muito rápido, foi um susto... e então escrevi essa letra para imortalizar a memória dela. A única certeza que tenho dentro de mim e nasci com essa certeza dentro de mim, não foi algo que me ensinaram... é que a vida é eterna. E sei que algum dia, entederei tudo isso. Assim como meu irmão, também é impossível colocar em palavras para tentar descrever o que ela era. Por mais que eu tente... ninguém, jamais, poderá chegar aos pés de imaginar o que ela foi. A menina mais carinhosa e especial do mundo. Filha da tia que mais amo e do tio mais legal e 'pra frente' que tenho. Meus pai era padrinho, minha mãe madrinha. Ahhh quanto sofrimento!!! Não quero mais pensar na dor... o que importa é viver um dia após o outro lembrando do quanto ela nos fez bem! E a saudade agora é boa... e a certeza de que um dia estaremos juntas, só aumenta. =)
Enfim... gravei essas duas músicas e ficamos conversando um tempo, ouvindo as gravações... foi um dia bastante alegre.... ficamos todos felizes com o resultado. E eu achando que seria a maior choradeira, como havia sido no dia anterior! Não foi... a Mandy estava lá me dando força e me fazendo sentir o que sempre senti ao lado dela quando ela ainda vivia conosco... a maior das alegrias! =)
Deixo fotos deste dia de gravação e abaixo... resolvi postar aqui a carta que escrevi para ela, alguns dias depois que ela se foi. É uma coisa bastante íntima, mas senti vontade de dividir.

- Manu.






















Carta para Amanda.

"Minha Amandinha,

Hoje faz 15 dias que você se foi...
As coisas por aqui andam meio estranhas, é muito ruim não ter você por perto...
Desde que você se foi, todas as vezes que eu abro a janela do meu quarto, de manhã, parece que o mundo está diferente... parece que os dias estão cinzas... e parece que tem alguma coisa muito errada na lei natural da vida.
Eu demorei pra escrever, pois todas as vezes que eu vinha aqui tentar esboçar alguma coisa, parecia que alguém estava rasgando meu peito. Meu coração está em pedaços, completamente estraçalhado. Está muito difícil de entender tudo isso. Tenho passado bastante tempo com a sua mãe, ela está fazendo um esforço sobre humano para ficar bem, por que ela sabe que é isso que você quer... e ela está conseguindo, dia após dia, ir lidando com a dor. Dei um celular rosa de presente pra ela... hahahaha ela ficou toda feliz. Não tenho conseguido falar com o seu pai. Quando tento escrever algo para ele, fico sem palavras. Mando um recado ou outro de vez em quando, mas eu sei que ele sabe que o amo muito. Ele me mandou uns vídeos seus.. um de Londres e outro de NY... você é tão linda Amandinha, mas tãããão linda! E curtia um bom som, tinha muuuito bom gosto para música, para roupas, para tudo!
Sabe de uma coisa? Se o mundo tivesse mais espíritos como você... com certeza, ele seria muito melhor. Você não tem idéia do bem que fez a minha vida. Lembro todos os segundos de todos os nossos momentos juntas. A época do prédio, que passamos as férias inteiras jogando video game, você sempre ganhava hehehe os natais, as risadas.. o dia que eu cortei o seu cabelo!!! HAhahaha o pior é que ficou lindo, lembra?
Sabe Amandinha, eu tenho muito medo. Tenho muito medo de me esquecer do seu jeitinho, do suave e sempre carinhoso som da sua voz. Da maneira como você ajeitava o cabelo com as mãos... Da maneira carinhosa, aquela maneira só sua, de me perguntar coisas...
A última vez que nos vimos foi na missa de sétimo dia do Vovô, você estava tristonha, mas depois saímos pra comer e demos muitaaaa risada com a barata que achamos no carro da sua mãe hahahaha. Eu nunca vou me esquecer disso, nunca, nunca. Nunca vou me esquecer de nada.
Eu deveria ter te dito mais vezes o quanto eu te amava e o quanto você era importante e especial pra mim. Você realmente fazia diferença na minha vida e na vida de muitos. Você não tem noção do quanto é amada por todos. O seu velório foi lindo, todos estavam lá. Você estava linda e serena. Assim que olhei para o seu corpo sem vida e vi o seu rostinho, me dei conta de que fudidos estamos nós.. porque você estava em paz. Pela manhã eu fui fazer o teste da Bela e a Fera, fiz por você... e passei!!! Não consegui fazer a segunda fase porque tinha passado a noite no velório, mas fiquei muito feliz de ter passado na primeira fase no dia em que tudo aconteceu. Entrei na sala com tudo e só pensava em você.. seu rostinho não saia da minha cabeça... cantei pra você... foi tão gostoso. Eu espero que esteja bem e espero que já tenha encontrado o Vovô, com certeza ele deve estar cuidando de você! Mande um beijão especial para ele. Eu amo muito vocês!
Minha lidinha saiba que o seu papel aqui na terra foi fundamental, você deu muita alegria para todos e fez muita gente crescer infinitamente. Isso será eterno, assim como você. Eu tenho essa certeza dentro de mim. Tenho certeza absoluta da eternidade da vida! E sei que vamos nos encontrar mais cedo ou mais tarde. Eu vou ficar bem. Todos nós ficaremos bem. Temos que viver um dia após o outro, trabalhar o luto e sofrer cada vez menos, pois as lembranças são apenas boas, então, não temos com o que nos preocupar. Eu deixo você ir... vá em paz e cumpra o seu caminho por ai. De tanta alegria para as pessoas dai como você deu pra nós. Cuide bem de você!
Te amo para sempre e com tudo que posso amar. Nunca se esqueça disso!
Meu anjinho mais lindo! O céu está em festa!

Com todo o meu amor,
Manu."



Sensibilidade

São Paulo, 19 de Maio de 2010.

Chegamos ao estúdio às 22h.

Suuuper normal gravarmos nesse horário. Eu sempre funcionei melhor de noite, adoro trabalhar e produzir durante a madrugada.

Tivemos uma semana de "férias" durante as gravações e este foi o primeiro dia pós-descanso hehe. Voltei com todo o pique. Tinha passado o final de semana viajando, descansando. A semana tinha sido difícil, perdi uma das minhas cachorrinhas. Uma vira lata liiinda, de 21 anos, chamada Nenê. Ahhh como ela era especial e vivia enchendo meu coração de alegria. Ela sempre foi um exemplo pra mim. Foi quando eu mudei de casa. Entrei na casa nova e ela simplesmente estava ali no quintal. Veio correndo para os nossos braços, toda feliz da vida. Ligamos para os ex-proprietários da casa e comunicamos que eles haviam... hum... bem... como dizer.. "esquecido seu cão no quintal?"!

A resposta deles foi absurda! Alias, eu nem acredito que existam seres humanos assim. Tenho pena dessas pessoas.... e eu detesto ter pena de alguém. Enfim... eles disseram: "Ah, pode jogar ela na rua.. a gente mudou para um apartamento, não dá pra trazer a cachorra"!

Nem respondemos né? A adotamos naquele segundo. Na verdade, gosto de dizer que ela nos adotou. Porque ela era da vida. Ela saia e voltava quando bem entendia, mas era muito fiel. Não existiu uma noite em que ela não tenha voltado para nós. E quando nos mudamos novamente... óbvio que ela veio junto... e viveu conosco por quase 12 anos. Lidar com a perda é sempre uma coisa complicada. Quando há amor.... a perda trás muita dor. Dor essa que, às vezes, chega a ser insuportável. Foi por isso que viajei, descansei a cabeça e fui pro estúdio continuar o meu trabalho.



Nenê

Eu estava MUITO sensível. Por muitas vezes sentia uma vontade enorme de chorar. E essa vontade sempre me aparece em ambientes em que me sinto bem. Em lugares que me fazem sentir em casa, com pessoas que se tornam família. Eu gosto muito desse estúdio e das pessoas que nele trabalham. Eu amo a minha equipe, a minha banda! Sei que já disse isso várias vezes... mas é tão complicado ser artista em alguns momentos. A gravação de uma música, tem que ser muito intensa, verdadeira. Eu não posso estar lá pela metade. Não é como uma peça de teatro que, se por acaso, você não der tudo de si em uma sessão... poderá dar muito mais na outra. (Não que isso seja certo... na minha opinião, em qualquer profissão.... você tem que estar sempre 100% e dar o melhor de si em qualquer coisa que se propor a fazer!) Mas a questão aqui é que depois que a música foi gravada, ela será eterna. É aquilo ali que as pessoas ouvirão por anos e anos. É só aquilo... e mais nada.

No início da gravação neste dia... eu senti medo. Achei que não conseguiria. Eu realmente estava muuuuito sensível. E então... aconteceu o melhor.

Meu produtor sentiu que eu não estava bem e me puxou de lado, me disse uma frase que mudou tudo naquele momento. Artista é só sensibilidade! Não importa qual seja o tema, coloque o que você sente para fora! Foi tão bom!

Não me lembro ao certo quais foram as músicas gravadas neste dia.

Penso que foram 3:

1. As Coisas que eu Vivi.

2. Insônia

3. Poeira de Estrelas.

"As Coisas que eu Vivi" é uma música muito especial para mim. Foi a primeira música que eu escrevi na minha vida. E foi a música que mais trabalhamos. Demoramos muito para definir a letra exata, a divisão e a dinâmica da música. Fiquei muuuuuuuuito feliz com o resultado. Ela tem um solo de guitarra e a batera durante o solo da guitarra toca a minha alma lá no fundo. Por muitas vezes me peguei chorando escutando esse solo. O Fuminho, que compõe comigo, conseguiu expressar em notas músicas exatamente aquilo que eu sentia e queria. Eu fiz terapia por muitos anos com uma mesma psicóloga chamada Viviane. Fui paciente dela dos 15 aos 23 anos. Essa fase da vida é muito complicada. Se eu pudesse pular alguma etapa da minha vivência, com certeza seria a adolescência.! hahahaah! Eu fui muuuito difícil! Tudo sempre foi muito intenso pra mim e eu sofri demais. Sofri muito acima do normal, eu acho. Hoje, quando olho para trás, só consigo pensar "Meu Deus, porque é que sofri tanto?"! Maaaas... por outro lado... foram essas dores e a forma como eu as trabalhei dentro de mim com a ajuda da Vivi, que fazem ser quem sou hoje. E hoje sim... eu sou beeem feliz comigo =)! As sessões de terapia aconteciam uma vez por semana normalmente. Existiram alguns meses ou anos em que eu ia pra lá duas ou até três vezes por semana. Aquela sala, aquele cheiro.... ali era o meu lugar! Meu cantinho, minha fonte de conforto e ajuda. E eu realmente devo muito a essa profissional! Ela foi bastante persistente comigo, não desistiu de mim hahahahaha. E minha relação com aquele espaço que eu criei junto com a Vivi me fez sentir uma extrema vontade de fazer uma música sobre isso. Acho que para que eu pudesse, talvez, eternizar isso dentro de mim. Sempre que escuto, canto ou toco essa música... volto para aquela época, para aquele cantinho, para aquele conforto! E acho que aprendi uma coisa muito importante! A me perdoar, a não me culpar por coisas que eu me considerava culpada e nem era. Ou por coisas que eu até tinha culpa, mas me perdoei por entender que a gente faz muita merda mesmo. Mas a vida é muuuuuuuito mais que isso. A gente faz a merda... mas a gente também aprende a reconhecer... e o mais importante de tudo... a gente aprende a fazer diferente. Então... essa música é bem isso! "O que importa são as coisas que eu Vivi"!!!

A curiosidade legal é que minha psicóloga se chamava Viviane. Por isso: as coisas que eu Vivi.

Pausa para um agradecimento rápido!!

Vivi... muito obrigada por tudo, por me ajudar a me fazer ser quem sou. Por me ajudar a ser a pessoa que hoje escreve isso aqui. =)

Voltaaaaando para o estúdio hahaha

Depois disso gravamos a música "Insônia"! Puuutz... essa música tem uma história muito legal.

Quando a escrevi, estava num época de muito insônia na minha vida! E era noite após noite sem dormir, sem conseguir descansar a cabeça. E um belo dia, depois de rolar de um lado para o outro por umas 4 horas durante a quinta ou sexta noite seguida... eu acendi a luz, peguei meu caderno e comecei a escrever. E eu escrevia com raiva. Com ódio! Deixando as lágrimas borrarem todo o papel. E eu escrevia algumas frases mas sempre tinha vontade de parar no meio e então escrevia seguidamente umas 100 vezes a palavra "insônia", "insônia","insônia", "insônia","insônia", "insônia","insônia", "insônia"...

E foi assim até sentir os pássaros cantando com o raiar do sol. Aquela luz da manhã, invadindo a minha janela... e eu querendo socar o travesseiro... porque a sensação que eu sentia... é que eu não pertencia àquele momento. É como se eu não estivesse vivendo aquilo. É como se eu realmente não escutasse nada. Vencida pelo cansaço, parei de escrever e consegui dormir lá pelas 8h da manhã. Um absurdo!

A minha sorte foi que no dia seguinte era final de semana então eu podia dormir até tarde. Assim que acordei, liguei o computador e o Fuminho havia me mandado uma música. Ele queria que eu a ouvisse e falasse o que eu achava, caso eu tivesse gostado poderíamos trabalhar numa letra para ela. Óbvio que eu amei. Coloquei a letra na hora e liguei para ele perguntando o que ele estava sentindo quando compôs aquela música. E ele respondeu: "Eu estava com insônia, não conseguia dormir de jeito nenhum, então fui compor". Haha não preciso dizer nada, né? =)

E a música "Poeira de Estrelas" foi relativamente simples. Eu queria falar sobre o ser humano. E uma amiga minha chamada Ju Tu estava em casa comigo e eu disse que queria idéias para uma música nova... ela falou brincando: "fale sobre a explosão do universo"! Hahahahaha e então eu uni o útil ao agradável. Sim! Porque eu realmente acredito que nós, ou a vida (a vida no sentido "o que nos faz respirar sem ser o coração") somos pequenas partículas de uma criação extraordinariamente perfeita. Sim, acredito muito que somos perfeitos. O ser humano é perfeito sim. Ele apenas não exerce a sua perfeição, essa é a diferença. Porque perdemos muito tempo pensando "e se..." ou "mas e aí???"

Além disso tudo. Um dos momentos mais especiais da minha vida merecia uma música. Eu estava filosofando com a minha mãe no nosso sítio. Nós adoramos ir pra lá. É um lugar calmo, com muito verde e tudo lá é feliz. É como uma realidade paralela. Numa noite só, contamos 17 estrelas cadentes. Uma mais linda que a outra. Saímos para caminhar no mato e encontramos um lago com uma árvore e todo esse lugar estava lotado de vagalumes. Eles estavam lá para acasalar. Eu não sabia, mas depois me explicaram que isso acontece em noites muito quentes do ano. Eu não estou brincando! Tinham milhares de vagalumes. Nós tentávamos chegar mais perto mas era impossível. Milhares deles se trombavam por todas as partes dos nossos corpos. Então ficamos mais para trás. O céu estava tão lotado de estrelas, que de repente nos demos conta de que aquele momento era um dos mais mágicos que já tínhamos vivido. Se olhássemos para cima, milhares de estrelas. Se olhássemos para baixo, milhares de vagalumes. Estávamos envoltas pelas luz. Nós demos as mãos e ficamos lá, quietas. Simplesmente experimentando a vida acontecer dentro da gente. Em cada respiração. Então minha mãe olhou para cima e disse: "Olha para cima, para qualquer ponto do céu". E eu olhei. Então ela continuou "Pare para pensar. Qualquer pessoa no mundo em absolutamente qualquer lugar em que ela estiver. Se ela olhar para o céu, ela sempre será o centro do universo". Aquilo me emocionou tanto. E foi neste dia que eu entendi que eu, você, qualquer coisa que você vê, sente, respira ou cheira... absolutamente qualquer expressão de vida ou matéria.... Tudo isso e o universo... são uma coisa só. Eu e o universo somos um só.

Foi um tanto quanto curioso ter gravado essas três músicas no mesmo dia. E foi por acaso. Logo depois que terminei de gravar, sentei no estúdio para ouvir as guias das músicas que eu gravaria no dia seguinte. "Meu Menino", que escrevi para o meu irmão. E "Mandy", que escrevi dedicando à memória da minha prima amada Amanda Camossa, carinhosamente apelidada de Mandy.

Poxa vida!!! Meu irmãozinho é a coisinha mais especial da minha vida e a Mandy nos deixou aos 18 anos, há 2 anos. Ainda dói. E... como eu já disse muitas vezes... eu estava muuuito sensível neste dia. Não deu outra hahaha como eu já havia terminado de gravar, ouvir a guia da música "Mandy", foi a deixa para a minha torneirinha se abrir e não fechar mais hahaha. Chorei por horas, lavei a alma. E voltei para casa renovada. Mas essas duas últimas músicas que citei, são assuntos para um próximo post porque, este aqui já virou, praticamente, um livro né? hahahaha

Enfim... ser artista realmente é ser sensibilidade. Um não existe sem o outro e as vezes isso pode ser bastante difícil e complicado. Mas quando a gente vai se descobrindo e aprendendo a usar um em beneficio do outro... experimentamos uma sensação muito benéfica. É só aprender a usá-la ;)

- Manu.